Resenha - Jogos Vorazes

quinta-feira, fevereiro 21, 2013




Título Original: The Hunger Games
Autora: Suzanne Collins
Número de páginas: 397
Lançado no Brasil pela editora Rocco



Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Resenha por Ni Merlin.

Criado em 2008 pela escritora Suzanne Collins, “The Hunger Games” é um romance perfeito para qualquer idade.

A história começa contando como a América do Norte foi praticamente extinta e se transformou em Panem, que é composta de 13 Distritos mais a Capital, que administra tudo. No passado não muito distante, o Distrito 13 se rebelou contra a Capital e, supostamente, perdeu a guerra e todas as pessoas foram mortas. A Capital, para mostrar seu poder extremo e para que não haja mais nenhum levante, cria os Jogos Vorazes, onde todo ano é escolhido um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos de cada Distrito para disputar uma guerra dentro de uma arena planejada, até sobrar apenas um vitorioso. Uma verdadeira carnificina transmitida pela TV para todos os Distritos obrigatoriamente. Porém, os únicos a apreciarem os Jogos Vorazes são os moradores da Capital, onde os jovens nunca participam dos Jogos Vorazes. Para eles, os Jogos são uma tradição e eles preferem passar dias pintando seus corpos e vivendo de moda e glamour, diferente de todos os Distritos que passam fome.

A escritora conta a vida de Katniss Everdeen, uma garota de 16 anos que perdeu o pai numa explosão da mina de carvão onde trabalhava e que teve que assumir as tarefas de casa, como caçar ilegalmente para manter a mãe e a irmã mais nova, Primrose, vivas. Katniss é uma ótima caçadora e tem um melhor amigo maravilhoso: Gale. Parceiros de caça, um sabe simplesmente sentir o outro pela respiração (isso é mega romântico). Um é o refúgio do outro. Simples assim.

No dia da Colheita, como é chamada a seleção dos tributos que serão sorteados para participar dos Jogos, Primrose é sorteada para ser o Tributo do Distrito 12 e Katniss, como irmã superprotetora, se oferece como voluntária em seu lugar.

Peeta Mellark, o filho do padeiro, é o tributo masculino sorteado para ir com Katniss para a arena. Ele também tem 16 anos e estuda na mesma escola. Ele ajudou Katniss no passado, oferecendo pão quando ela estava quase morrendo de tanta fome.

E é aí onde nossos maiores sonhos românticos começam: arena, aceitação de morte iminente, nasce a amizade de Katniss e Peeta e surgem personagens fantásticos como Haymitch, o mentor e único vitorioso do Distrito 12 que está vivo - e que virou um alcoólatra -, e Cinna, o estilista que surpreende a todos com trajes com efeitos especiais.

Os vinte e quatro tributos são treinados na Capital para irem combater na arena. Também na Capital são feitas apresentações dos tributos, com trajes elegantes e apresentações na TV. Assim, cada dia que passa eles são avaliados para serem escolhidos e conseguirem patrocinadores.

Katniss tem em seu favor a habilidade de arco e flecha, mas nenhuma habilidade em fazer amigos. Já Peeta não é levado muito à sério, e ninguém acredita que ele possa sair um vitorioso dos jogos, mas se garante em conquistar a atenção do público de toda Panem. Em um programa de TV, Peeta, ao ser entrevistado, conta sobre seu amor secreto por Katniss, tornando assim a ida deles para a arena um espetáculo ainda mais grandioso. Os moradores da Capital deliram com o triste romance dos “jovens desafortunados”.

Katniss, apesar de não amar Peeta de verdade, acaba aceitando viver o romance forjado - que acaba dando certo. Quanto mais a entrega de Katniss à esse suposto romance, mais os patrocinadores querem mantê-la viva. E assim ela vai vencendo os jogos e também se apaixonando de verdade por Peeta. Em meio à facadas, explosões e mortes, o romance vai crescendo e os leitores torcendo para que o casal fique junto. Ainda fica aquele apertinho no coração por ver Gale assistindo os beijos de Katniss e Peeta, pois ele realmente não esperava que sua amiga e provável cara metade fosse se entregar à outro, mesmo na arena onde pode morrer. Parece fácil contando assim.

A leitora proporciona uma riqueza de detalhes que prende a nossa leitura num grau fantástico. Duvido que você, leitor, vai conseguir deixar o livro de lado. Pelo menos você que gosta de romance.
O livro é de fácil leitura, eu diria. Fácil porque quando você percebe, já acabou e quer a sequência numa velocidade surpreendente. E quem não quer viver uma história de amor? Quem não quer ser amado até o último dia da sua vida?

Divirtam-se com “The Hunger Games”.

Nota da Dani: Concordo com tudo o que a Ni citou, e só queria deixar aqui expressa minha opinião, mesmo que um pouquinho. Para mim, é impressionante perceber a crítica social do livro, que aborda a sociedade do espetáculo, a disputa de poder e a falta de justiça. E nos faz pensar: será que algum dia a sociedade poderia regredir tanto e chegar ao ponto de matar crianças inocentes apenas para demonstrar poder e superioridade? Leitura altamente recomendada.

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