Resenha - As Vantagens de Ser Invisível

terça-feira, março 19, 2013

Título Original: The Perks Of Being a Wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Número de páginas: 223
Lançado no Brasil pela editora Rocco




Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.


Resenha por Rejane Santos.

Eu ganhei o livro de presente quando o filme já havia estreado no cinema. No momento, eu estava finalizando uma leitura, então, tive que adiar a leitura imediata. Quando se vive em meio a esse ambiente de internet, você está sempre em contato com as novidades e eu estava achando um esforço muito bonito o meu de fugir das tentações provocadas pelos downloads do filme, fotos promocionais e cenas transformadas em gifs que estavam sendo jogados na minha cara a cada instante. Eu apenas senti que eu precisava ler o livro, antes de ver o filme. Eu sempre prefiro assim. E acho que entre todas as vezes que eu optei por ler antes de ver, foi uma das vezes que eu achei que acertei mais.


A Vantagens de Ser Invisível é um livro curto, tem 223 páginas e a constituição dele é muito confortável e simples. Charlie, o personagem principal e narrador de sua própria história, escreve cartas para nós, leitores, contando suas experiências no início de seu segundo ano do ensino médio. Na verdade, ele divide as experiências, afinal Charlie nunca esteve tão sozinho. Por causa do impacto da morte recente do melhor amigo e o trauma de infância da morte da tia, Charlie tem os aspectos emocionais muito afetados, chegando a ficar agressivo por instintos de proteção. Ele passa, então, a receber atenção especial na escola. 

O professor de inglês, Bill, recomenda uma leitura por semana e encomenda um trabalho de resenha sobre os livros que Charlie lê, a fim de fazer com que ele sinta-se mais a vontade para participar da vida. Durante essas atividades, Charlie confessa que tem dificuldade com a organização das suas próprias ideias. Eu escrevo como eu falo, ele diz. Essa é uma característica muito presente, quando se pensa que Charlie vai falar uma coisa, ele interrompe o pensamento. Quando pensa que ele vai retomar, ele diz algo que você não estava esperando. É mais um elemento da confusão que é a cabeça de Charlie.

A partir do momento em que Charlie se encontra com Patrick e Sam e se torna amigo deles e do grupo de amigos deles, o livro tem outra temática. Deixa de ser um livro voltado para os pensamentos mais sombrios do protagonista, frutos de sua solidão, para ser uma explosão de cores e novas sensações. O mais curioso de todo o envolvimento de Charlie com seus amigos veteranos é que ele mantém a inocência na narração, mesmo diante de um universo de sexo, drogas e rock and roll que ele não conhecia.

Esse contato com os amigos provoca em Charlie descobertas em sua vida, relacionamentos, contato social e noções de comprometimento e parceria. Ele é apaixonado por Sam, mas respeita a sua condição de amigo dela, sem esquecer de seu sentimento e sem perder esperança de que um dia eles possam estar juntos como um casal. No entanto, apesar de viver a vida intensamente, Charlie ainda possui suas inseguranças e a qualquer momento seus pensamentos atormentadores vêm à tona.

O livro e o filme tem parâmetros diferentes e ter a oportunidade de ler e assistir é a melhor pedida. O livro completa o filme e traz alguns aspectos importantes, como a relação de Charlie com a sua família e com seus próprios medos. 

O título do livro é justificado nas ações de Charlie. Por mais segredos, confissões, situações adversas que cruzassem o caminho dele, ele era compreensivo o suficiente para não julgar, agir com o seu coração e assim, manter suas relações com a família e suas amizades fortalecidas. Isso o fazia mais forte, aproximava as pessoas e assim ele se nomeava infinito.

"You see things. 
You keep quiet about them. 
And you understand. 
You're a wallflower."

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3 comentários

  1. Ando negligenciando a leitura desse livro e nem sei ao certo a razão. Ainda não o comprei, mas a vontade de lê-lo ainda não foi tão grande a ponto de eu querer tê-lo o mais rápido possível. Amei sua resenha. Utilizou-se de palavras que realmente me instigaram a querer mais e mais ler o livro. Tenho que lê-lo! - Felipe (A Hora do Livro)

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  2. Confesso que só despertei curiosidade com o livro quando vi que a atriz do filme era a Emma...
    Mas lendo sua resenha vejo que não é exatamente um gênero literário que gostaria, acho que talvez se tornaria uma leitura um tanto monótona. Posso estar enganada, lógico, mas provavelmente só lerei esse livro se conseguir em alguma biblioteca ou se ganhar de presente.
    Ótima resenha e o blog é lindo!

    Beijos
    Letícia
    Animus Book

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  3. Olá :)
    Muita gente lê esse livro por conta da capa com a Emma Watson, mas depois de tanto ler boas resenhas sobre ele, e de ouvir meus amigos elogiando esse livro, vou lê-lo, já está na minha listinha!
    Beijinhos e ótima resenha
    www.my--bookshelf.blogspot.com

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